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DCTFWeb 2025: entenda as mudanças e o que sua empresa precisa fazer agora

Desde março de 2025 a DCTFWeb passou a ocupar um papel central na gestão tributária das empresas brasileiras. Essa obrigação acessória deixou de reunir apenas as contribuições previdenciárias e passou a consolidar também tributos federais como IRPJ, CSLL, PIS, Cofins, IPI e IOF, por meio do novo Módulo de Inclusão de Tributos (MIT).

Com essa ampliação, a DCTFWeb se tornou a principal declaração de confissão de débitos perante a Receita Federal, exigindo mais atenção, organização e conformidade por parte das empresas.

O que muda na prática

Antes, a DCTFWeb era usada basicamente para contribuições previdenciárias. Agora, ela reúne praticamente todos os tributos federais, tornando-se uma ferramenta completa de apuração e envio de informações à Receita Federal.

Entre os setores mais impactados estão:

  • Indústrias, que apuram e recolhem IPI;
  • Instituições financeiras, sujeitas ao IOF;
  • Empresas com retenções de IRRF;
  • Negócios que apuram PIS, Cofins e CSLL;
  • Construção civil, que utiliza o Sero e o CNO;
  • Entidades esportivas, obrigadas a declarar até dois dias úteis após cada evento.

Esses segmentos tiveram de se adaptar rapidamente às novas exigências, especialmente em relação aos prazos e cruzamentos automáticos de dados.

Prazos e penalidades

A regra geral de entrega da DCTFWeb continua sendo até o último dia útil do mês seguinte ao período de apuração.
Mas há exceções importantes:

  • O 13º salário deve ser declarado até 20 de dezembro;
  • Reclamatórias trabalhistas e aferições de obras seguem prazos específicos, de acordo com o encerramento dos sistemas que alimentam a DCTFWeb.

O atraso ou erro na entrega pode gerar multas automáticas conhecidas como MAED (Multa por Atraso na Entrega da Declaração), que variam de R$ 200 a R$ 500, além de multas de mora e juros sobre os débitos confessados.

Mais integração, mais responsabilidade

Com o novo formato, a DCTFWeb ficou mais completa, mas também mais sensível a inconsistências.
Erros simples podem gerar travamentos, bloqueios ou autuações.

Entre os problemas mais comuns estão:

  • Declarações retificadoras não transmitidas, que impedem o envio da nova DCTFWeb;
  • Processos de suspensão não vinculados corretamente;
  • DARFs pagos fora da aplicação, que o sistema não reconhece automaticamente.

Essas situações reforçam a importância de monitorar o processo de entrega de ponta a ponta, garantindo que todas as informações estejam alinhadas entre os sistemas do eSocial, EFD-Reinf e MIT.

A equipe da Dataminas Contabilidade orienta que as empresas adotem uma rotina preventiva, com verificações mensais e alinhamento entre os setores fiscal, contábil e financeiro.

Veja algumas recomendações práticas:

  1. Monte um checklist mensal
    • Revise créditos vinculáveis;
    • Compare os fechamentos do eSocial, Reinf e MIT;
    • Confirme se não há declarações retificadoras pendentes;
    • Gere os DARFs sempre pelo próprio sistema;
    • Verifique se os débitos foram compensados ou pagos corretamente.
  2. Valide as informações antes do envio
    Faça uma conferência prévia das bases tributárias — isso reduz o risco de erros e autuações.
  3. Atualize sistemas e cadastros
    Garanta que o sistema contábil e o ERP da empresa estejam integrados ao novo modelo da DCTFWeb.
  4. Treine a equipe interna
    Mantenha o time financeiro informado sobre os novos prazos e rotinas, reforçando a importância da comunicação com o contador.

Mais do que obrigação, uma ferramenta estratégica

Apesar das exigências, a nova DCTFWeb traz benefícios para a gestão financeira.
Com a centralização das informações, as empresas passam a ter uma visão mais clara dos débitos e créditos tributários, o que melhora o controle de caixa e facilita o aproveitamento de créditos via PER/DCOMP.

Assim, a DCTFWeb deixa de ser apenas uma obrigação burocrática e passa a ser uma ferramenta de gestão tributária, que permite decisões mais ágeis, reduz contingências e aumenta a eficiência fiscal.

Conformidade é estratégia

Em um cenário de fiscalização digital e automatizada, estar preparado vai além da conformidade: é uma questão de competitividade.
Empresas que integram processos, mantêm suas rotinas organizadas e contam com suporte contábil especializado reduzem riscos e ganham eficiência.

Fonte: Jornal Contábil