Financeiro

Tarifaço começa em 1º de agosto: entenda o impacto para os negócios brasileiros

A partir de 1º de agosto, o governo dos Estados Unidos aplicará uma tarifa de 50% sobre alguns produtos brasileiros. A medida, definida como resposta a tensões políticas e comerciais entre os dois países, preocupa exportadores e pode impactar diversos setores da economia, inclusive micro e pequenos negócios que integram cadeias produtivas ou fornecem para o mercado externo.

O que mais importa para os nossos clientes é: como isso pode impactar o meu negócio e o que fazer para se preparar?

O que está acontecendo?

A nova tarifa foi determinada por uma ordem executiva do presidente americano, que classificou as ações do governo brasileiro como uma “ameaça à segurança nacional” dos EUA. A decisão foi influenciada por:

  • Conflitos diplomáticos com o Supremo Tribunal Federal (STF);
  • Investigações contra empresas americanas de tecnologia;
  • Novas leis brasileiras sobre redes sociais e liberdade de expressão;
  • Supostas práticas comerciais desleais e barreiras ao mercado americano.

Com isso, o presidente dos EUA decidiu aplicar uma tarifa extra de 40%, que se soma aos 10% já em vigor desde abril, totalizando os 50%.

Quais produtos serão atingidos?

Nem todos os produtos brasileiros serão afetados. A lista oficial ainda está em construção, mas o governo americano já adiantou algumas exceções importantes:

  • Suco de laranja;
  • Aviões e peças aeronáuticas;
  • Petróleo bruto;
  • Castanhas, celulose, carvão, madeira e fertilizantes;
  • Alguns veículos e autopeças;
  • Produtos agrícolas e minerais específicos

Esses itens representam boa parte das exportações brasileiras para os EUA, mas outras categorias ainda podem entrar na tarifa cheia, especialmente produtos industrializados, alimentos processados, bebidas e insumos diversos.

Mas e para quem é micro ou pequeno empresário?

Mesmo que você não esteja envolvido diretamente com exportações, o impacto pode aparecer de outras formas:

  • Redução de vendas indiretas – Se você fornece produtos ou serviços para empresas que exportam, pode haver queda na demanda;
  • Encarecimento de insumos – Caso você dependa de produtos importados ou de matérias-primas ligadas ao agro ou à indústria, os preços podem subir;
  • Instabilidade econômica – Um cenário como esse pode mexer com o câmbio, o dólar e até com a confiança dos consumidores.

Isso significa que até um pequeno negócio local pode sentir os reflexos do tarifaço, mesmo que de forma indireta.

E o que diz o governo dos EUA?

A justificativa da tarifa está amparada na lei de comércio dos EUA (seção 301), usada para investigar práticas de outros países que prejudiquem as empresas americanas. O relatório cita:

  • Supostas barreiras à atuação de big techs no Brasil;
  • Falta de clareza em leis de propriedade intelectual;
  • Favorecimento de outros países nas tarifas de exportação;
  • Falhas no combate ao desmatamento ilegal;
  • Barreiras comerciais ao etanol americano.

Diante de um ambiente internacional instável, o contador tem um papel estratégico:

  • Mapear riscos e impactos financeiros no seu segmento;
  • Rever o planejamento tributário e os fornecedores;
  • Acompanhar mudanças que envolvem impostos e obrigações acessórias;
  • Orientar sobre exportações, importações e regime tributário adequado.

Com o apoio da Dataminas Contabilidade, o empreendedor consegue tomar decisões com mais segurança seja para se proteger ou até para aproveitar oportunidades que surjam nesse novo cenário.

Estamos atentos às movimentações do cenário econômico, tanto nacional quanto internacional para orientar os nossos clientes com clareza, agilidade e foco em resultados.

Se você tem dúvidas sobre como o tarifaço pode afetar seu negócio, entre em contato com a nossa equipe. Vamos te ajudar a avaliar os riscos e ajustar o planejamento, sempre com uma visão estratégica e personalizada.

Fonte: Forbes