
Na próxima quarta-feira (17), o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central anuncia sua decisão sobre a taxa Selic. A expectativa predominante no mercado é de manutenção no patamar de 15% ao ano, cenário que reflete uma combinação de fatores internos e externos que ainda não oferecem espaço seguro para o início de um ciclo de afrouxamento monetário.
Segundo Rogério Mauad, professor da FIPECAFI, alguns pontos críticos ajudam a entender o porquê dessa decisão cautelosa:
Pontos críticos destacados
- Inflação e expectativas: núcleos de inflação e expectativas acima da meta preocupam o Copom.
- Atividade econômica: consumo de serviços segue firme, e o hiato do produto não garante queda robusta da inflação.
- Risco fiscal e câmbio: incertezas fiscais elevam o risco país, pressionam o câmbio e dificultam cortes na Selic.
- Influência do Fed: cortes de juros nos EUA podem aliviar o dólar, mas não determinam a política brasileira.
Impactos para empresas
- Crédito e financiamentos continuam caros.
- Custos de importação podem aumentar com o dólar pressionado.
- Margens de lucro exigem atenção redobrada ao controle de custos e precificação.
Como se preparar
- Negociar financiamentos e revisar contratos.
- Fortalecer o controle de caixa e manter reservas.
- Ajustar preços de forma estratégica.
- Avaliar proteção cambial se houver dependência de insumos importados.
Fonte: Jornal Contábil