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Dólar Fecha a R$ 5,32 e Ibovespa Registra Dois Recordes Históricos no Dia

Nesta segunda-feira (15 de setembro de 2025), o dólar comercial encerrou o dia cotado a R$ 5,3220, registrando queda de 0,59%;

Simultaneamente, o Ibovespa, índice que reúne as principais ações negociadas na Bolsa brasileira, atingiu duas máximas históricas: fechou em 143.546,58 pontos e chegou a bater 144.193,58 pontos durante o pregão.

Fatores que impulsionaram esse desempenho

  1. Expectativa de corte de juros nos EUA
    • O Federal Reserve (Fed) se reúne no dia 17 para definir o rumo dos juros nos Estados Unidos. A expectativa dos mercados é que haja uma redução de ao menos 25 pontos base na taxa de juros, atualmente entre 4,25% e 4,50%.
    • Essa perspectiva tende a aliviar investimentos globais, porque juros mais baixos nos EUA reduzem custos de capital, tornam ativos de risco mais atrativos e, em muitos casos, pressionam indicadores de moeda forte, em benefício de outros mercados.
  2. Cenário doméstico misto
    • No Brasil, o Comitê de Política Monetária (Copom) também se reunirá em 17 de setembro. A projeção majoritária é de que a taxa Selic permaneça em 15%. Ou seja: mesmo com o otimismo externo, não há expectativa de corte imediato de juros por aqui;
    • Um dado relevante: o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), que serve como uma prévia do Produto Interno Bruto (PIB), apontou uma retração de 0,5% em julho em comparação ao mês anterior (ajustado sazonalmente). Essa queda foi maior do que as estimativas do mercado, que esperavam baixa de cerca de 0,2%;
    • Por outro lado, houve uma redução nas projeções para inflação em 2025 e também para a taxa Selic em 2026, conforme a pesquisa Focus. Isso sugere que o mercado já começa a antecipar cenários menos agressivos, mas precisa ver resultados práticos.
  3. Outros elementos que ajudaram
    • No exterior, o índice S&P 500 também renovou máximas históricas, reforçando o bom momento em mercados globais;
    • A taxa de rendimento do título do Tesouro dos EUA de 10 anos caiu para aproximadamente 4,0356%, o que indica menor exigência de retorno por parte dos investidores frente à dívida americana geralmente isso favorece ativos com risco ou retorno potencial mais alto.
    • Setores financeiros no Brasil tiveram desempenho positivo: ações como Itaú Unibanco, Bradesco e Santander subiram expressivamente. Empresas do setor de consumo e varejo também foram bem, como Magazine Luiza.

O que preocupar / Observar daqui para frente

  • Mesmo com esse cenário favorável externo, a manutenção da Selic elevada no Brasil mantém custos de crédito altos, o que pode frear crescimento econômico, investimento e consumo;
  • O dado do IBC-Br indicando retração mostra que há fragilidade no ritmo de atividade local se outros indicadores vierem abaixo do esperado, pode haver revisões negativas em projeções de crescimento ou de lucro para empresas;
  • Questões políticas também ficaram no radar: citou-se possíveis retaliações dos EUA após a condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro pelo STF, com repercussão diplomática e impacto no risco de investimentos;
  • A reação do mercado a uma eventual proposta ou acontecimento surpreendente em política, crise fiscal ou choques internacionais pode alterar rapidamente esse otimismo atual.

Implicações para investidores e empresas

  • Para quem investe em ações, especialmente dos setores financeiro, consumo e varejo, o momento parece oferecer oportunidades mas com cautela, dada a volatilidade esperada por fatores externos e domésticos;
  • Setores exportadores ou empresas que têm receitas em dólar podem se beneficiar de um câmbio menos valorizado, ou ao menos pressionado, dependendo da estratégia de hedge cambial;
  • Para contratos em dólar (matérias-primas, insumos importados), taxas de câmbio em queda ajudam a reduzir custos;
  • Em projetos de médio prazo, a percepção de que juros americanos estarão mais baixos pode baratear financiamento internacional, mas custos de dívida doméstica continuam altos enquanto a Selic permanecer elevada.

Cenários possíveis daqui para frente

CenárioProbabilidade / CondiçõesImpacto esperado
Corte modesto de juros nos EUAAlta, se inflação americana continuar controlada e dados de emprego não surpreenderem para cima.Poderia reforçar fluxo para mercados emergentes, dólar mais fraco, valorização de ativos de risco.
Manutenção da Selic no Brasil até ter sinais claros de recuperação econômicaMuito provável, dado o ciclo atual.Margem de lucro apertada para empresas, inibindo consumo e investimento; atrativo de retorno em renda fixa permanece.
Surpresa negativa em dados domésticos (inflação elevada, fraco consumo, crise fiscal, instabilidade política)Moderada, depende de vários fatores internos.Poderia gerar correções no Ibovespa, fuga para ativos mais seguros, dólar subindo.

O cenário atual combina fatores externos favoráveis como a perspectiva de cortes nos juros nos EUA com incertezas domésticas que tendem a manter uma certa tensão. O Ibovespa bateu recordes, o dólar recuou temporariamente, e há espaço para ganhos, mas também para ajustes caso os ventos mudem.

É importante acompanhar de perto os indicadores internacionais (principalmente nos EUA), entender as decisões do Copom (Comitê de Política Monetária), avaliar bem os riscos políticos/econômicos no Brasil e adotar estratégias diversificadas, considerando proteção para eventuais cenários adversos.

Fonte: Forbes