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Contabilidade

Inflação recua 0,11% em agosto, mas deflação fica abaixo do esperado

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), divulgado pelo IBGE, registrou queda de 0,11% em agosto de 2025. Trata-se da primeira deflação do ano e o resultado mais intenso para um mês de agosto desde 2022.

Apesar do recuo, o número ficou abaixo das expectativas do mercado, que projetavam uma queda de 0,15%.

Principais fatores que puxaram a queda

A deflação foi influenciada, principalmente, por três grupos de despesas:

  • Energia elétrica residencial: queda de 4,21%, puxada pelo bônus de Itaipu, o que levou o grupo Habitação a cair 0,90%.
  • Alimentação e bebidas: recuo de 0,46%, com destaque para os alimentos consumidos em casa, que caíram 0,83%.
  • Transportes: queda de 0,27%, influenciada por combustíveis e passagens aéreas.

Sem o efeito desses três grupos, o IPCA teria fechado agosto em alta de 0,43%.

Inflação acumulada

  • No ano: o IPCA acumula +3,15%.
  • Em 12 meses: a inflação está em 5,13%, pouco abaixo dos 5,23% de julho, mas ainda acima do centro da meta do Banco Central, que é de 3% (com tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos).

Deflação menor do que o esperado

Apesar da queda, economistas destacam que o resultado foi menos intenso do que o projetado. Isso ocorre porque:

  • Parte da deflação foi impulsionada por fatores temporários, como o bônus na energia elétrica.
  • O grupo de serviços segue pressionado, refletindo o mercado de trabalho aquecido e a demanda interna.
  • Os chamados núcleos da inflação, que excluem itens mais voláteis, continuam em níveis elevados.

Impactos para a política monetária

O resultado de agosto traz algum alívio no curto prazo, mas não deve mudar a estratégia do Banco Central em relação à taxa básica de juros (Selic). O Copom deve manter uma postura cautelosa, já que a inflação subjacente segue resistente.

O que isso significa para empresas e consumidores

  • Famílias sentem alívio imediato no bolso, principalmente em contas de energia e alimentos.
  • Empresas podem se beneficiar de custos um pouco menores, mas precisam acompanhar o cenário, já que a tendência de médio prazo ainda é de inflação pressionada.
  • Investidores devem considerar que a política monetária seguirá conservadora, sem cortes bruscos na Selic.

Fonte: Forbes